sábado, 23 de maio de 2009

Defesa da Petrobrás unificará esquerdas?

Defesa da Petrobrás ajuda a unificar setores da esquerda.

A grande derrota da CPI da Petrobrás criada (desesperadamente, penso eu) pela oposição ao governo será a capacidade de aglutinação nacional em torno da defesa e ampliação do controle estatal sobre esta grande empresa que orgulha o país.

Aproveito esse comentário para opinar que a oposição e seus holofotes midiáticos estão aposentando o pouco bom-senso que às vezes parecem ter (se bem que raramente) para atirar em toda brecha possível de conflito, do tipo:

a) Espetacularizam a doença da Dilma (chegando a tentar falar mais dela do que da recém-visita de Lula a Arábia Saudita/China/Turquia) e acabam dando-lhe maior visibilidade
b) Condenam potenciais impostos sobre 1% dos poupadores e acabam ajudando a divulgar que essa miúda fatia concentra (absurdamente) 40% do volume da poupança
c) O terceiro exemplo fica a seu livre critério para escolher e revelar (beleza?)

O que podemos concluir com isso ?????

1) A "mídia" pensa? Não, defende interesses.
2) De quem? De minorias egoístico-elitistas.
3) Por que? Porque também ela nada sente.
4) Sentir? Sim, sentir amor pelas maiorias.
5) O que fazemos? Sejamos a nossa mídia.

Comentários do GRITO PACÍFICO, mudando o mundo com você

CAMPANHA PELO PETRÓLEO PARA CAPITAL CARIOCA

http://www3.brasildefato.com.br/v01/agencia/nacional/campanha-pelo-petroleo-para-capital-carioca - 21/05/2009

A presença de cerca de seis mil militantes consolidou a unidade de setores distintos da esquerda na luta pela retomada do monopólio estatal

Por LEANDRO UCHOAS, do Rio de Janeiro

A campanha “O Petróleo tem que ser nosso” demonstrou, na manhã dessa quinta-feira 21, no Rio de Janeiro, um potencial ímpar de mobilização. A presença de cerca de seis mil militantes, fechando a avenida Rio Branco, consolidou a unidade de setores distintos da esquerda carioca na luta pela retomada do monopólio estatal do petróleo, e em defesa do papel social da Petrobrás.

Estiveram presentes parlamentares, prefeitos e líderes de quase todos os partidos do campo progressista, além de representantes dos mais significativos movimentos sociais, sindicais e estudantis. Convocado às pressas, o ato alcançou repercussão nos meios de comunicação e alavancou o movimento. As lideranças pretendem, agora, organizar manifestações nos outros estados do País, unificando as tendências de esquerda em defesa de uma Petrobrás pública e socialmente comprometida.

Havia divergências em relação ao tema mais citado durante os pronunciamentos, a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) no Senado da Petrobrás. A maioria dos militantes rechaçava a iniciativa, acusando PSDB e DEM, que criaram a CPI no Congresso, de querer estancar o desenvolvimento do País em prol de interesses eleitoreiros e em defesa de aliados do setor econômico. “Essa CPI se apresenta no momento em que o Congresso vai discutir o marco regulatório, e o destino do pré-sal”, lamentou Emanuel Cancella, da Federação Nacional dos Petroleiros (FNP).

Outros, entretanto, frisavam que o objetivo principal da manifestação não era protestar contra a CPI, mas conscientizar a população e construir unidade na luta pelo controle estatal da Petrobrás. “É mais do que discutir CPI. Lutamos para demonstrar a capacidade que o petróleo tem de se transformar em conquistas sociais: trabalho, educação, saúde, moradia”, frisou Marcelo Durão, do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-terra (MST).

Entretanto, todos foram unânimes em manifestar repúdio às intenções eleitorais e posicionamentos pró-transnacionais dos partidos conservadores. Cancella lembrou que “os inimigos da Petrobrás nunca saíram de cena. Eles combateram a criação da Petrobrás em 1953, quebraram o monopólio da empresa em 1996, quiseram mudar o nome da Petrobrás, e tentaram privatizar a empresa”.

Na opinião do deputado estadual Alessandro Molon (PT), “o primeiro fruto da atuação irresponsável da direita é a unificação da esquerda”. Exaltada por quase todas as lideranças, a unidade do campo progressista, usualmente difícil de ser construída após a chegada de Lula à presidência, foi interpretada como a principal vitória do ato.

Alguns dos manifestantes lembraram que essa coesão corre riscos, se certos limites não forem respeitados. “Nós, que fazemos a oposição de esquerda ao governo Lula, temos que ter responsabilidade, e não surfar nessa CPI. E os companheiros de esquerda que dão sustentação ao governo Lula têm também que colaborar para evitar que essa manifestação não seja chapa-branca, nem tenha interesses eleitorais”, disse Ivan Pinheiro, secretário-geral do PCB.

Ao final do ato, os militantes deram um abraço simbólico na Petrobrás, ao som do Hino Nacional. A manifestação contou com a participação de petroleiros de nove estados, das regiões Sudeste, Nordeste e Sul. Trabalhadores do interior do estado também engrossaram o manifesto. Uma nova manifestação, em Brasília, já está sendo programada.

1 comentários:

Anônimo disse...

Ninguém administra tão bem a miséria quanto a mídia. Ela prolifera opiniões e omite
verdades para se beneficiar ou, escapar de armadilhas impostas pelas cabeças pensantes
e detentora do seu mandante. Tudo aquilo que é pátrimônio público, vira objeto de negociações, acordos e chantagens da verdadeira ralé
nacional. O petróleo tem que ser nosso, bem como o pré-sal.