Nosso presidente, gostemos ou não dele, terá a oportunidade de "fazer as pazes" com a esquerda brasileira. Essa reaproximação não só é bem-vinda como necessária. Mas os movimentos, entidades e militantes que se reunirão em Belém para aprofundar debates e propostas em torno de um outro mundo, mais do que esperar um discurso bonito e emocionado, querem sobretudo coerência política e vontade transformadora do governo. A oportunidade não poderia ser melhor: um sistema econômico internacional falido, uma natureza em estado crítico de alerta, um mundo sedento de paz e tolerância, uma América Latina pulsando soberania e ousadia... As lideranças, povos e grupos progressistas de todo o mundo precisam se unir, convergir suas lutas e integrar suas bandeiras rumo a um planeta bastante diferente do que temos (e sofremos) hoje.
(Comentário do Grito Pacífico, mudando o mundo com você).
LULA TENTA REAPROXIMAÇÃO COM AS ALAS DE ESQUERDA
Presidente prepara discurso para abertura do Fórum Social Mundial, no fim do mês, em Belém, quando irá assegurar que os pobres não pagarão a conta da crise financeira
Por Vera Rosa, da Agência Estado
FONTE: Jornal O Povo - 02/01/2009
LINK: http://www.opovo.com.br/opovo/brasil/847340.html
Depois de enfrentar um ano difícil e voltar a ouvir críticas à política monetária, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva comparecerá ao Fórum Social Mundial, em Belém, empenhado em reconquistar o público de esquerda que torce o nariz para medidas tomadas pelo Banco Central. Na tentativa de consolidar a reaproximação com os movimentos sociais, Lula prepara discurso sob medida para o encontro - que vai ocorrer de 27 de janeiro a 1º de fevereiro - conhecido como "Woodstock Tropical": vai dizer que, em seu governo, os pobres não pagarão a conta da crise financeira.
O tom duro do pronunciamento do presidente será reforçado por ataques à especulação internacional e pela defesa contundente de uma nova ordem econômica e política no mundo. Lula quer levar a tiracolo a ministra chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff - pré-candidata do PT à sua sucessão, em 2010. No Palácio do Planalto, a presença no Fórum Social é considerada fundamental para a conquista de apoios na seara da esquerda.
Apesar de fazer questão de prestigiar o mega encontro de Belém, Lula não confirmou presença no Fórum Econômico Mundial, que começa um dia depois em Davos, na Suíça, que reunirá uma platéia de homens engravatados do Primeiro Mundo. Na capital do Pará, o presidente pretende dar estocadas nos Estados Unidos e nas economias mais ricas do planeta, sob o argumento de que as nações poderosas incentivaram a formação de um "cassino" global, causando a crise e prejudicando os mais pobres.
Vaias e aplausos
Em janeiro de 2005, na última vez em que compareceu ao Fórum Social, então realizado em Porto Alegre, Lula foi vaiado e o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, aplaudido.
A reação contra o petista partiu de militantes do PSol e só não foi maior porque dirigentes do PT, alertados para o protesto, organizaram o contra-ataque.
Vestidos com camisetas que exibiam a inscrição "Sou Lula", os petistas puxaram aplausos e conseguiram abafar as vaias e os gritos de "traidor", entoados pelos mais radicais.
Desde então, o presidente não mais prestigiou outras edições do Fórum Social, todas ocorridas fora do Brasil, como na Índia e na África.
sexta-feira, 9 de janeiro de 2009
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