A hipocrisia da grande mídia não tem limites e tampouco princípios. Embora um tanto caricatural, estas doze regras parecem ser aplicadas em muitos casos por jornalistas subordinados aos interesses elitistas do mercado, que não têm coragem de romper suas algemas e mordaças para produzirem, veicularem e analisarem notícias com maior isenção profissional, rigor intelectual, independência ideológica e fibra ética.
(Comentários do Grito Pacífico, mudando o mundo com você)
Doze regras infalíveis para redigir notícias sobre o Oriente Médio para os grandes meios de comunicação
AUTORIA: Texto anônimo, originalmente em francês
FONTE: Pátria Latina
LINK: http://www.patrialatina.com.br/editorias.php?idprog=ae1d2c2d957a01dcb3f3b39685cdb4fa&cod=2987
1) No Oriente Médio são sempre os árabes que atacam primeiro, e é sempre Israel que se defende. Esta defesa se chama "represália".
2) Nem os árabes nem os palestinos nem os libaneses têm o direito de matar civis. Essa prática se chama "terrorismo".
3) Israel tem o direito de matar civis. Isso se chama "legítima defesa".
4) Quando Israel mata civis em massa, as potências ocidentais pedem que seja mais moderado. Isso se chama "reação da comunidade internacional"
5) Nem os palestinos nem os libaneses têm o direito de capturar soldados israelenses dentro de instalações militares com sentinelas e postos de combate. Isso deve ser chamado de "seqüestro de pessoas indefesas".
6) Israel tem o direito de seqüestrar, em qualquer hora e lugar, quantos palestinos e libaneses lhe der na telha. A cifra atual está em torno de 10 mil, dos quais 300 são crianças e 1.000, mulheres. Não é necessária qualquer prova de culpabilidade. Israel tem o direito de manter os presos indefinidamente seqüestrados, ainda que eles sejam autoridades democraticamente eleitas pelos palestinos. A isso se chama "encarceramento de terroristas".
7) Quando se mencionar a palavra "Hezbollah", é obrigatório acrescentar na mesma frase: "apoiados e financiados pela Síria e pelo Irã".
8) Quando se mencionar "Israel", está terminantemente proibido acrescentar: "apoiados e financiados pelos Estados Unidos". Isso poderia dar a impressão de que o conflito é desigual e de que a existência de Israel não corre perigo.
9) Nas informações sobre Israel sempre é preciso evitar que apareçam as seguintes expressões: "territórios ocupados", "resoluções da ONU", "violações dos Direitos Humanos" e "Convenção de Genebra".
10) Os palestinos, assim como os libaneses, são sempre "covardes" que se escondem entre a população civil, "que não gosta deles". Se dormem na casa de suas famílias, isso tem um nome: "covardia". Israel tem o direito de aniquilar com bombas e mísseis os bairros onde eles dormem. A isso se chama "ação cirúrgica de alta precisão".
11) Os israelenses falam inglês, francês, espanhol ou português melhor que os árabes. Por isso merecem ser entrevistados com maior freqüência, e ter mais oportunidades que os árabes para explicar ao grande público as referidas regras de redação (de 1 a 10). Isso se chama "neutralidade jornalística".
12) Todas as pessoas que não concordam com as supramencionadas regras são, e assim devem ser chamadas, "terroristas antissemitas de alta periculosidade".
sexta-feira, 16 de janeiro de 2009
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