terça-feira, 21 de abril de 2009

Decidi me afastar do Orkut

Amigos e amigas, e colegas virtuais como um todo, utilizo o espaço do meu blog para comunicar que decidi no dia 20 de abril de 2009, por um prazo indeterminado, me afastar da rede social Orkut, da qual pertencia há mais de dois anos e meio.

A principal conseqüência disso, no que se refere aos meus escritos sociais de divulgação pela internet, será a suspensão da seção semanal Minuto Poético, onde publiquei, continuamente, 102 poesias com enfoque basicamente social, razão pela qual passei a me autodenominar Poeta do Social, alcunha essa já impregnada de forma irremediável em minha alma artística, cujos frutos continuarão sendo colhidos de forma seletiva neste blog.

Aos que já leram alguma poesia minha pelo Orkut e que estejam tomando conhecimento deste comunicado, recebam sinceramente o meu muito obrigado. Espero poder lançar, a médio prazo, um livro solo de poesias dedicadas a esta militância sócio-artística.

Após esse necessário parêntesis, vou expor os motivos de minha saída. Primeiro, esclareço que não foi por motivos traumáticos (risos). Ninguém nunca tentou me ofender, agredir ou mesmo seqüestrar (até porque perderiam tempo) em função de minha exposição através do Orkut. Tampouco significa um protesto contra a Google, empresa dona do sistema.

Minha motivação determinante foi de ordem cronológica. Calma, não envelheci ainda e nem perdi a coordenação motora das mãos. Porém, não tenho mais o mesmo tempo livre que tinha quando me cadastrei a princípio no Orkut. Melhor dizendo, o tempo agora que disponho precisa ser priorizado com mais intensidade e objetividade à consolidação da minha vida profissional e à construção de minha independência financeira.

Brincadeiras e confidências à parte, com uma pitada mal disfarçada de drama (risos de novo), faço questão de evidenciar minha amizade - seja próxima ou remota, explícita ou silenciosa, discreta ou expansiva - por todos aqueles e todas aquelas que integraram e enriqueceram a minha rede virtual de contatos reais propiciados pelo sistema do Orkut.

Por mais que inventem e se popularizem dezenas de redes como essa, dentre outras maravilhas e artefatos do inesgotável mundo virtual, creio que nada substituirá a importância efetiva e afetiva da comunicação presencial, ou, quando isto for impossível, da troca de correspondências personalizadas por e-mail ou equivalentes, que praticamente substituíram há menos de duas décadas as antigas e tradicionais cartas manuscritas remetidas via Correio.

Embora eu também seja vítima disso, como todos nós que tecemos a contemporaneidade, não posso deixar de expressar um sentimento de incompletude frente às clássicas comunicações do tipo monossilábica, que são tão corriqueiras quanto (geralmente) infrutíferas. Um diz: “olá, como vai?”. O outro responde: “oi, tudo bem?”.

Quando há uma maior intenção comunicativa, trocam-se duas ou três notícias, compartilha-se alguma novidade; e pronto, passa-se logo ao próximo contato prioritário da lista de amigos virtuais. A depender desse ritmo e exclusivamente deste canal, chega ano novo e sai ano velho, e a amizade pouco ou nada evoluiu em termo substantivos.

Falando como ser humano que sou e que somos, não obstante as desumanidades praticadas por nossa espécie insistirem em negar essa condição, da minha parte interessa-me saber o que as pessoas pensam sobre o mundo, que sentimentos marcam nossa caminhada no planeta, que tipo de felicidades projetamos e o que falta fazer para tudo ser melhor.

No mais, pacificamente, o Grito não se calará e seus Ecos seguirão!

0 comentários: