Aquela criança em (de)formação,
Sem maldade, malícia e preconceito;
Pode se tornar um adulto (in)feliz,
Com lacunas e amarguras no peito...
Psicologicamente fraca, familiarmente confusa,
Moralmente pobre, profissionalmente sem jeito.
Na ânsia competitiva de turbinarmos
A mente sem pressa e sem tensão
Das crianças, transformamos sua infância
Em paranóia; seu lazer, em ocupação.
Queremos que elas logo saibam ler,
Antes de serem estimuladas a sentir.
Nessa toada, são primeiro levadas a calcular
Fórmulas abstratas e decorar regras vazias;
Em vez de somar virtudes e dividir exemplos:
Como se fossem menos lucrativas e importantes
A equação do sorrir e a gramática do amar...
Como se apenas fossem miniaturas de gigantes!
Se o tempo é dinheiro, criança é poder ??
Se viver é consumir, ser equivale a ter ??
O que seriam as crianças para as instituições???
Recipientes férteis para escolas neuróticas?
Massas de modelar para religiões dogmáticas?
Mercados precoces para propagandas hipócritas?
Toda criança tem o direito de ser criança!!!...
Criar um mundo paralelo, dançar a sua dança!!
A fantasia ingênua e sadia é o seu único guia.
Adultecê-la é extinguir a mais elementar utopia!
Pablo Robles – POETA DO SOCIAL
(Em homenagem ao Dia das Crianças de 2010)
sábado, 9 de outubro de 2010
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário