PROMESSAS DE SÃO JOÃO
Quando o discurso acaba
As mentiras e as verdades
Voltam ao silêncio normal
Tão bem forjado pelo jornal
Apelos à consciência foram ignorados
A platéia cumpriu seu impotente papel
Ouviu tudo calada, de braços cruzados
Olhando preguiçosamente para o céu
Quem muito falou, pouco refletiu
Quem muito ouviu, pouco entendeu
Mas quem não veio, nada perdeu
A maioria fingiu dormir ou nos traiu
Sem conscientização e educação
A democracia vira show, vira piada
Adianta juntar toneladas de limão
E não fazer uma gota de limonada?
O palco do circo já foi montado
Os palhaços entraram em cena
E agora desfilam pelo Senado
É tanto escândalo que dá pena
Uma chuva farta de promessas
Escoa todo maldito dia pelo ralo
Como se não tivéssemos pressa
E ninguém pisasse em nosso calo
As festas de São João passam
E as suas fogueiras se apagam
Mas as quadrilhas da corrupção
Nunca interrompem seu plantão
Amanhã será outro dia
E a maquiagem será renovada
Em vez de apontar saída,
A mídia prefere ser comprada
É o arrasta-pé levantando poeira
Propina rebolada para todo lado
E nós aqui sem eira nem beira
Vendo o planeta ser saqueado
Chega de prosa fiada e poesia
Se não levantarmos a cabeça
Para implantarmos nossa utopia
Afundaremos até que anoiteça
( Por Pablo Robles - POETA DO SOCIAL )
segunda-feira, 29 de junho de 2009
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