domingo, 27 de abril de 2008

MUDE O MUNDO: Sugestões Práticas (I)

1. Seja mais idealista do que realista.

2. Ame as pessoas sem esperar retribuição.

3. Exercite e intensifique a prática do elogio.

4. Procure ouvir e conhecer melhor as pessoas.

5. Evite fazer críticas sem sugerir propostas.

6. Pratique os valores que você acredita.

7. Consuma menos bebidas alcoólicas.

8. Leia mais livros e assista menos televisão.

9. Não seja cúmplice de práticas corruptas.

10. Nunca deixe anestesiar sua sensibilidade social.

INJUSTIÇAS: Este mundo é um mistério


AUTOR: Eduardo Galeano
LIVRO: O teatro do bem e do mal (Ed. L&PM, págs. 55 a 57)

Um grupo de extraterrestres visitou recentemente nosso planeta. Eles queriam nos conhecer, por mera curiosidade ou sabe-se lá com que ocultas intenções.

Os extraterrestres começaram por onde deviam começar. Iniciaram a expedição estudando o país que é o número um em tudo, número um até nas linhas telefônicas internacionais: o poder obedecido, o paraíso invejado, o modelo que o mundo inteiro imita. Começaram por ali, tratando de entender o manda-chuva para depois entender todos os outros.

Chegaram em tempo de eleições. Os cidadãos acabavam de votar e o prolongado acontecimento havia mantido o mundo todo em suspenso.
A delegação extraterrestre foi recebida pelo presidente que saía. A entrevista teve lugar no Salão Oval da Casa Branca, reservado exclusivamente aos visitantes do espaço sideral, para evitar escândalos. O homem que concluía seu mandato respondeu às perguntas sorrindo.

Os extraterrestres queriam saber se no país vigorava um sistema de partido único, pois tinham ouvido na tevê apenas dois candidatos e os dois diziam a mesma coisa.

E tinham também outras inquietudes:

Por que demoraram mais de um mês para contar os votos? Aceitariam os senhores a nossa ajuda para superar este atraso tecnológico?

Por que sempre vota apenas a metade da população adulta? Por que a outra metade nunca se dá a esse trabalho?

Por que ganha aquele que chega em segundo lugar? Por que perde o candidato que tem 328.696 votos de vantagem? A democracia não é o governo da maioria?

E outro enigma os preocupava: por que os outros países aceitam que este país lhes tome a lição de democracia, dite-lhes normas e lhes vigie as eleições?

As respostas os deixaram ainda mais perplexos.

Mas continuaram perguntando.

Aos geógrafos: por que se chama América este país que é um dos muitos países do continente americano?

Aos dirigentes esportivos: por que se chama Campeonato Mundial ("World Series") o torneio nacional de beisebol?

Aos chefes militares: por que o Ministério da Guerra se chama Secretaria da Defesa, num país que nunca foi invadido por ninguém?

Aos sociólogos: por que uma sociedade tão livre tem o maior número de presidiários do mundo?

Aos psicólogos: por que uma sociedade tão sã engole a metade dos psicofármacos que o planeta fabrica?

Aos dietistas: por que tem o maior número de obesos o país que dita o cardápio dos demais países?

Se os extraterrestres fossem simples terrestres, esta absurda perguntalhada teria acabado mal. No melhor dos casos, teriam recebido um portaço no nariz. Toda tolerância tem limite. Mas eles seguiram curioseando, a salvo de qualquer suspeita de impertinência, má-educação ou segundas intenções.

E perguntaram aos estrategistas da política externa: se os senhores têm, aqui pertinho, uma ilha onde estão à vista os horrores do inferno comunista, por que não organizam excursões ao invés de proibir as viagens?

E aos signatários do tratado de livre comércio: se agora está aberta a fronteira com o México, por que morre mais de um mexicano por dia querendo cruzá-la?

E aos especialistas em direitos trabalhistas: por que MacDonald's e Wal-Mart proíbem os sindicatos, aqui e em todos os países onde operam?

E aos economistas: se a economia duplicou nos últimos vinte anos, por que a maioria dos trabalhadores ganha menos do que antes e trabalha mais horas?

Ninguém negava resposta àquelas figurinhas, que persistiam em seus disparates.

E perguntaram aos responsáveis pela saúde pública: por que proíbem que as pessoas fumem, enquanto fuma livremente os automóveis e as fábricas?

E ao general que dirige a guerra contra as drogas: por que as prisões estão cheias de drogadinhos e vazias de banqueiros lavadores de narcodólares?

E aos diretores do Fundo Monetário e do Banco Mundial: se este país tem a maior dívida externa do planeta, e deve mais do que todos os outros países juntos, por que os senhores não o obrigam a cortar gastos públicos e eliminar seus subsídios?

E aos cientistas políticos: por que os que aqui governam falam sempre de paz, enquanto este país vende a metade das armas de todas as guerras?

E aos ambientalistas: por que os que aqui governam falam sempre no futuro do mundo, enquanto este país gera a maior parte da contaminação que está acabando com o futuro do mundo?

Quanto mais explicações recebiam, menos entendiam. Mas durou pouco a expedição. Os turistas se deram por vencidos.

FILME SOCIAL: Alphaville


FICHA TÉCNICA

TÍTULO ORIGINAL: Alphaville
DIRETOR: Jean-Luc Godard
GÊNERO: Ficção Científica
ANO: 1965
PAÍS: França
DURAÇÃO: 100 min
ELENCO: Eddie Constantine, Anna Karina, Akim Tamiroff, Howard Vernon, Laszlo Szabo.

SINOPSE

"Filme que se passa em uma sociedade futurista, em uma cidade chamada Alphaville. As coisas se complicam quando o computador Alpha 60 toma o controle do local, abolindo os sentimentos dos seres humanos. É quando um detetive é enviado para tentar encontrar o criador do poderoso computador e convencê-lo a destruir a máquina. O filme não oferece um grande apelo visual, mas está carregado de idéias do diretor, e ainda tem uma história intrigante sobre um futuro aterrorizante dominado pelas máquinas. Venceu o Urso de Ouro no Festival de Berlim."

FONTE: http://www.ocinefilo.com.br

COMENTÁRIOS DIVERSOS

“Este genial filme de ficção de Godard coloca diretamente o problema das sociedades de controle e desnuda a natureza essencialmente vampiresca de todo o Estado, seja despótico, totalitário, fascista ou democrático. (...) Godard não narra a aventura apenas de uma suposto Estado doente e totalitário. Não há Estado que não se constitua como produtor de doença e como um grande sugadouro das forças vitais do homem. Sua memória central; sua lógica binária e dicotômica de inclusão e exclusão; sua ciência integradora de focos dispersos de poder e suas técnicas de controle da vida por produção de desejo; sua linguagem higienizante; seus frios e vingativos dispositivos de codificação e de justiça; seus filtros, ordens e hierarquias invertidas, cálculos e determinação de um campo prescrito de possibilidades; suas cadeias de transmissão de sentenças de morte; suas rações e provimentos diários de dispersão, confusão e esgotamento; tudo isso faz a atualidade desse filme de 1965. (...)”

FONTE: http://escolanomade.org/ - Cinema Nômade

“Uma das principais qualidades da obra foi seu pioneirismo em misturar "Sci-Fi" mais "Noir", tornando-o uma ficção surreal e altamente poética. (..) Tudo se passa em uma cidade pertencente a outra galáxia, com o nome de Alphaville. Nela toda a sociedade é comandada por um tirano supercomputador denominado Alpha 60. Tal máquina comanda uma “sociedade técnica, como a dos cupins e formigas”, governando de forma cruel e arbitrária, deixando seus habitantes como legítimos zumbis, completamente alienados e sem sentimentos. Godard se cercou de elementos literários encontrados em "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley e principalmente do livro "1984", de George Orwell. Um futuro autoritário com restrição vocabular e um super-olho onipresente. A bíblia de Alphaville é um dicionário e esse passa por constantes alterações, com objetivo de oprimir a população e mantê-la ignorante. Para o supercomputador, pessoas normais não têm lugar nessa cidade e não merecem viver (...). Outra grande qualidade que vale salientar são os belíssimos diálogos e a sociedade ignorante montada pelo cineasta. Filme imprevisível e denso, com caráter sublime e futurista.”

FONTE: http://www.cineplayers.com/

"O anacronismo impera nesta ficção, que serve mais como análise da humanidade do que mero escapismo. (...) Pessoas são proibidas de ter emoções, mulheres são exploradas e a lei é regida por uma grande máquina chamada "Alpha 60". (...) Em Alphaville, as mulheres viram meros objetos nas mãos masculinas, não se comprometendo afetuosamente com os diversos parceiros. Pra falar a verdade, não sabem nem o que significa "carinho" e "amor". Elas são como dicionários com defeitos de fabricação, desconhecendo vocábulos simples, pura e simplesmente porque nunca foram estimuladas a aprendê-los. É aí que entra "Alpha 60", controlando e administrando informações. Alguém lembra do conceito de ditadura e a falta de liberdade de expressão? (...) Numa terra onde a população local solta, instantaneamente, um "vou bem, obrigado, de nada", não é de se espantar sua extrema artificialidade. Contudo, em nosso mundo globalizado (...) a tendência é nos tornarmos "alphavilleanos". Assim, a ficção pode ser apenas um detalhe a ser modificado. (...) Este é um clássico da crítica à estrutura social e comportamento humano (...)."

FONTE: http://cinematoca.blogspot.com/

“Na Alphaville de Godard, não há subjetividade, não há arte, não há liberdade, não há comportamento imprevisível. Há apenas a ditadura da lógica, apenas seres humanos sem expressão, aos quais progressivamente se proíbe o uso até mesmo de certas palavras, como consciência e amor. Seus habitantes são pessoas que se cumprimentam com um “estou muito bem, obrigado”, isto é, com aquilo que se esperaria de resposta, como que voltados para si mesmos. Qualquer semelhança com os diálogos frios, formais e pré-determinados entre vizinhos/colegas de trabalho que se encontram no elevador não é mera coincidência. O mesmo se pode dizer da semelhança entre o comportamento promíscuo/submisso das mulheres do filme e a instrumentalização corrente do elemento feminino, mero meio para obter prazer ou para que sua utilização na publicidade venda determinado produto. (...) Por que Alphaville exclui da linguagem conceitos como “arte” ou “consciência”? Porque, como Lemmy Caution provou, aquele sistema não os suporta – confrontado com a poesia, implode, deixando suas crias desnorteadas após tanto tempo de alienação. Alphaville não suporta questionamento; tudo são explicações postas, exteriores e inquestionáveis (é proibido dizer “por quê?”; deve-se sempre dizer “porque”).”

FONTE: http://filmes.seed.pr.gov.br

sábado, 26 de abril de 2008

CONVITE: Seja Você Mesmo, Sempre!


Neste mundo de tanta informação e desinformação, encontros e desencontros, mudanças e recomeços, alguns princípios chegam a parecer utópicos, impossíveis, inaplicáveis. “Seja você mesmo, sempre!” seria um deles? Um desses ideais abstratos que só se hospedam nos discursos vazios e jamais encontram guarida na vida prática... Uma dessas virtudes metafísicas que todo mundo admira, mas ninguém vivencia...

“Seja você mesmo, sempre!” é um lema perfeitamente concretizável, com quem e onde quer que você esteja. Você já experimentou ser essencialmente a mesma pessoa: em toda hora, em todo lugar; seja no trabalho, na escola; com seus amigos, seus familiares? Por que fingir ser o que você não é? Ter o que não tem? Saber o que não sabe? Jogue fora essas máscaras volúveis que contaminam e corrompem a sua personalidade.

Não tenha medo de ser a pessoa única e original que você pode e merece ser. Não tenha vergonha de afirmar e reafirmar quais são os valores que formam seu caráter, sustentam suas práticas e orientam suas decisões. Seja movido por princípios e não por interesses. Não hesite em mudar, sobretudo se for para melhor, mas nunca deixe de preservar a identidade básica de sua alma, de sua mente, de seu coração.

Se você conhece alguém que possui um animal de estimação, como um cachorro, repare bem como ele se comporta. O dono chama, ele vem. O dono brinca, o rabo dele balança. O dono briga, o semblante do animal se retrai. O dono sai, o cachorro sente a sua falta e é capaz de ficar deprimido caso seu proprietário demore muito para voltar. Moral da história: se até um “primitivo” cachorro consegue ser ele mesmo, um “evoluído” ser humano é obviamente apto para cultivar por excelência o mesmo gesto.

Não venha dizer que a cadelinha meiga de sua namorada, o cachorrão daquele seu primo que você nunca mais visitou ou aquele cachorro barulhento do vizinho que assusta quem passa por perto, dentre outros latidos, ajam assim por mera submissão. Mentira. Esse simples mamífero, apesar de não apresentar a complexidade constitutiva do ser humano, não tem duas caras, espalha cinco versões nem inventa dez desculpas.

O cachorro que você, no cume de seu intelecto, julga tão bárbaro e atrasado, detém uma qualidade exemplar e sofisticada para os padrões caninos: o dom de ser fiel, sincero, coerente, sensível, e nesse sentido demasiadamente humano. Enfim, este animal é fundamentalmente ele mesmo, sempre. Se você ainda não conseguiu adotar esse princípio no cotidiano de suas relações, pelo menos nesse aspecto, que tal imitar (sem precisar latir) os cachorros, para ver se assim você aprende, verdadeiramente, a ser mais gente.

Gente que não muda de personalidade como troca de roupa. Que não muda de opinião como quem altera os canais de televisão. Gente que não trata as pessoas de acordo com seu diploma acadêmico, saldo bancário ou perfil estético. Gente que não seja mais amiga quando você está de carro e menos amiga quando você anda de ônibus. Que não seja muito prestativa quando necessita de algo e pouco solidária quando você não tem utilidade para os interesses dela. Corra! Afaste-se dessa gente para que seus valores de integridade não sejam reprimidos, prostituídos, triturados e, o que é mais fatal, desintegrados.

Pense nas três pessoas em que você mais se inspira neste mundo, isto é, nos três principais ídolos aos quais você provavelmente não se oporia em afixar um pôster no seu quarto em homenagem a cada um deles. De quem você se lembrou? Vou inclusive participar desta dinâmica. Eu, por exemplo, tenho o mais elevado respeito por Jesus Cristo, Mahatma Gandhi e Paulo Freire. Essas figuras ilustres revolucionaram, respectivamente, a religião ocidental, a justiça social e a educação popular.

Pois bem, você continuaria reverenciando os três majestosos guias de sua vida se viesse a descobrir que os mesmos não tiveram a devida personalidade para manter a firmeza de seus propósitos no transcurso de suas biografias? Acho que não. Se por acaso fosse convencido que seus ídolos traíram seus fãs e a si mesmos, aposto que você tenderia a despedi-los e logo elegeria outras personalidades para ocupar os tronos destituídos.

Se você não admite guardar imagens negativas, hipócritas e frustrantes de quem você tanto venera (ou venerava), por que você não tenta, a cada dia, fazer o mesmo que tantas pessoas de bem já fizeram diretamente quando vivas e ainda fazem indiretamente depois de mortas, uma vez que o espírito luminoso de suas obras geniais deixa pegadas inapagáveis. Sabemos não ser fácil, mas tente a cada dia ser você mesmo, sempre!

Quando confidenciar para alguém que o ama ou a ama, ame de fato, com todo seu coração e capacidade de amar. Quando oferecer auxílio a um amigo, esteja realmente à disposição para servi-lo e contribuir para a satisfação da ajuda solicitada. Quando sorrir, agradecer, elogiar, der bom dia, boa noite, e manifestar outras saudações do gênero, olhe fraternalmente para o destinatário de seus cumprimentos, como que para lembrar que tais gestos são espontâneos e estão longe de ser um rito burocratizado e artificial.

Quando se comprometer com alguma tarefa profissional, faça de tudo para executá-la dentro do prazo combinado, ou pelo menos tenha a humildade de justificar sem rodeios os motivos que impediram sua conclusão. Quando alguém te enviar um e-mail com uma pergunta objetiva, dê uma resposta também objetiva do tipo “sim” ou “não”. Evite o cômodo e ambíguo “talvez” e tampouco a indelicadeza omissa do silêncio, denotado pela ausência fria e indesejada de qualquer resposta, de qualquer consideração.

Mas se eu falar sempre a verdade, meu chefe me despede, meu casamento termina, meu filho se distancia, meus planos fracassam... Mas qual é o mérito efetivo desses supostos planos? Nenhum objetivo de longo prazo e de grande porte adquire solidez e legitimidade quando erigido sobre valores movediços, etéreos e indignos. Se você prefere ser uma metamorfose de princípios efêmeros, um camaleão sem personalidade própria e definida, parabéns então por sua opção covarde, egoísta e corrupta.

Depois não reclame quando os governantes negarem suas promessas de campanha, fazendo o contrário do que seu voto esperava. Também não reclame quando as empresas venderem produtos falsificados e oferecerem serviços inoperantes. E muito menos adianta lamentar que a paz que você tanto sonhou para seu bairro virou um pesadelo de violência, abrigando marginais que conquistam primeiro sua confiança para depois te roubar. Não ouse abrir a boca para falar de ética quando sua sombra escolheu perseguir caminhos ilusórios, obscuros e mentirosos, onde as pessoas não são elas mesmas, nunca.

Ninguém é perfeito, nem eu, nem você. Mas todos nós podemos tentar ser menos imperfeitos e, por conseguinte, construir um mundo mais verdadeiro para sermos felizes e deixar um mundo mais belo para as gerações vindouras. Acredite nas pessoas e em si mesmo, hoje e amanhã. Não despreze o impacto de suas palavras, a força de seu exemplo e a potência de seus valores (humanos). Seja você mesmo, agora e sempre!

segunda-feira, 14 de abril de 2008

COMENTÁRIOS: Quebra Tudo!


Livro: QUEBRA TUDO. Autor: Ricardo Jordão. Editora Original, 2005.

CONTEÚDO TRANSCRITO

>>> Págs. 13 a 20 >>>

( Capítulo “O Manifesto: QUEBRA TUDO! Foi para isso que eu vim! E Você?” )

Quebra tudo não é uma chamada à destruição, à violência ou à desordem. (...) Quebrar tudo não significa destruir as coisas, desrespeitar as pessoas ou negar tudo aquilo que foi construído até agora.

Quebra tudo significa Melhorar o Mundo.

Ter coragem para fazer a Coisa Certa.

Colocar os seus Princípios em prática.

Quebrar paradigmas.

Descartar de vez qualquer preconceito que você tenha contra tudo e todos.

Assumir a sua Vocação.

Trabalhar pelas Pessoas.

Inventar o Futuro.

(...)

É a sua chance de ser Revolucionário, e não Funcionário.

(...)

A sua chance chegou. Você vai aproveitar a evolução do mundo ou vai ficar sentado vendo o mundo passar?

(...)

Todas as pessoas nasceram Revolucionárias. Todos podem melhoras as coisas. Todos.

(...)

O mundo não tem recursos naturais para suportar seis bilhões de pessoas vivendo na classe A, comprando, vendendo e consumindo a vida que a sociedade leva hoje.

As coisas precisam mudar. Mas somente vão mudar se o Ser Humano se propuser a mudar. Pessoas fazem Empresas. Fazem Política, Arte, Sociedade. Pessoas fazem tudo.

(...)

As coisas serão o que cada um desejar.

(...)

Quebra tudo é mudar as coisas de dentro para fora, e não o contrário.

Você não muda as coisas ao proclamar a destruição do que existe. Se quiser mudar algo, precisa estar do lado de dentro, participar, falar a língua dos homens e colocar a mão na massa.

Quebra tudo é sobre Paixão. Paixão pelo trabalho. Pela vida. Pelas pessoas. Paixão pelo país. Por Responsabilidade e Inovação. Paixão para afirmar a si próprio que esta vida, independente da sua crença religiosa, espiritual ou material, foi feita para que você ajude os outros.

(...)

É exatamente isso que um Revolucionário faz 24 horas por dia, sete dias por semana, 365 dias por ano, a vida inteira.

(...)

O mundo evoluiu. Sempre foi e sempre será assim.

Não deixe as imagens da propaganda da televisão, do jornal, ou o comentário pessimista de alguns que o cercam, poluir sua mente, seu coração e sua alma.

Eu tenho ORGULHO da escolha que fiz de ficar no meu país quando tive a oportunidade de ir embora. Eu não quero viver uma vida tranqüila, proporcionar uma educação de primeiro mundo aos meus filhos nas melhores escolas do mundo, andar por ruas sem violência ou poluição, sabendo que deixei para trás um país onde esses benefícios são exclusividade de poucos.

Daqui a cinqüenta anos, vou colocar o meu bisneto no colo e dizer-lhe: “Eu fiz um Brasil melhor porque sonhei um Brasil melhor. Não esperei por permissão nem por consenso. Eu não esperei por aprovação. Fiz. Agi. Fui parte da construção de um grande país, responsável e inovador, senhor do seu destino, integrante ativo de uma comunidade mundial equilibrada”.

(...)

Eu estou disposto a sacrificar a minha vida por isso. Ontem, hoje e sempre!

Não me importo se encontrar paredes pela frente, pessoas que não me entendam ou multidões que riam de mim. Não me importo porque sei que não sou o único.

(...)

Ninguém será deixado para trás. Ninguém.

A era de trabalhar para as pessoas acabou. A era de Trabalhar pelas Pessoas começou.

E nós somos os líderes dessa Revolução.

Foi para isso que eu vim! E Você?

Ricardo Jordão Magalhães

Seu Amigo

XXX XXX XXX

MEUS COMENTÁRIOS:

Ao ler esse capítulo magistral, que inaugura uma obra literalmente revolucionária, tive uma raríssima sensação, a de ler as coisas mais importantes da vida em poucas páginas. Suas palavras sacudiram minha alma, detonaram algumas lágrimas e tocaram fundo o meu coração. A essência do mais pragmático idealismo foi traduzida pelo autor de maneira clara, objetiva, sincera e sobretudo comovedora.

Muitas das declarações contidas neste capítulo sintetizam, na minha percepção, sabedorias profundas, que precisaram ou precisariam de vários livros e filósofos para serem detalhadas, contextualizadas e parcialmente racionalizadas, já que nem todas as verdades cabem no horizonte estreito da linguagem convencional da humanidade terrestre. Por exemplo, a fé que nos faz amar as pessoas, por mais lógica que seja do ponto de vista espiritual, jamais encontrará uma resposta lógica à luz da matéria lingüística.

Para os socialistas ortodoxos, a leitura de Marx é sempre bem-vinda e estimulante. Para os filósofos mais rebeldes, o desabafo explosivo de Nietsche não pode ser ignorado. Para os humanistas militantes, os gestos pacifistas de Gandhi provocaram mudanças e influências impensáveis. Para os amantes da literatura, a profundidade da obra de Goethe salta aos olhos. E para os cristãos (sejam espíritas, católicos, evangélicos, dentre outras vertentes), a mensagem de Jesus e o sacrifício de seu exemplo não têm paralelos na história do Ocidente.

Essa lista de revolucionários que influenciaram decisivamente o curso da história e marcaram para sempre o progresso moral e intelectual da humanidade mereceria um blog exclusivamente para narrar suas célebres biografias e registrar seus feitos geniais. Porém, o autor deste livro ressalta que pessoas relativamente comuns também podem fazer coisas revolucionárias e inspirar atitudes revolucionárias. E o faz com muita propriedade, pois a verdade deste ensinamento está lastreada em sua própria trajetória.

CRÔNICA: Olhares na Multidão



Consulto o relógio para ver se dá tempo de olhar outras coisas. O relógio diz que sim. Investigo o tempo para ver se o clima não será hostil à minha caminhada. O Sol não está escaldante e, se chover (segundo as previsões) não será preciso usar guarda-chuva. E assim meu olhar continua em ação, fotografando a realidade que se apresenta para mim e filmando as pessoas que se exibem para os outros, mas não para alguém em especial.

Meu olhar vai percorrendo o mundo que se desdobra a minha volta. De repente, meu olhar se impressiona, se comove, se vê hipnotizado por outros olhares. Olhares na multidão. Olhares de mendigos que pedem esmolas sem estender a mão. De quem já esgotou o estoque de lágrimas para lavar a alma. Olhares que narram pesadelos, que encenam tragédias, que expõem chagas, que refletem dores agudas e profundas.

Aqueles olhares, dispersos na multidão, estão lá, mirando um ponto vazio no espaço. Passamos diariamente por eles, mas raras vezes os vemos piscar, não só porque tendemos a ignorar sua existência, mas também porque tais olhares parecem imóveis, distantes e mortiços. Nossos passos apressados e indiferentes evitam enxerga-los. São capazes até de atravessar a rua apenas para não correr o risco de encará-los de perto.

Um olhar anônimo que carrega e transmite imagens do absurdo. Denunciam tantas contradições. Significam tantas coisas. Uma prece muda. O eufemismo do desespero. A humilhação comportada. A vela agonizante de um semblante perdido na escuridão. Olhares cravados num tempo que conspira a favor de sua extinção. Tentam comunicar algo, mas ninguém atenta para a sua mensagem, como se tivessem se transformado em uma linguagem hieroglífica, portando segredos condenados ao degredo.

E assim o tempo passa. As estações se revezam. As ruas ganham novas maquiagens. O lixo da calçada intensifica o cheiro e exigem o socorro imediato dos garis. O poder público recolhe com eficiência duvidosa os entulhos amontoados na esquina. Porém, aqueles olhares na multidão continuam ali, aterrorizados com governos inermes e cidadãos egoístas, incapazes de perceber que tais olhares ainda são animados por vidas que merecem ser - além de observadas - ouvidas, cuidadas, protegidas, respeitadas, amadas.

Apesar de tudo, da desatenção curável dos transeuntes e da omissão indesculpável das instituições, os olhares na multidão, mesmo que saturados de incompreensão e escassos de expressão, não perdem de todo o brilho derradeiro da esperança. 99% do futuro que tais olharem conseguem enxergar está manchado pelas trevas da miséria e atraído para os abismos da morte, mas 1% ainda tem luz, ainda vê horizontes leves e risonhos.

Você já mirou algum destes olhares por mais de três segundos? Já tentou captar a cor de sua íris? Você já se perguntou quantos canais de lágrimas transbordaram através destas vistas cansadas e abatidas? Já tentou decifrar o sofrimento fatal que emoldura com tonalidades psicológicas de sangue a circunferência alongada, elíptica e disforme de tais olhares. Você já cumprimentou, amparou e dialogou com os olhares na multidão?

O sujeito desses olhares virou objeto. Em outras palavras, é um ser abjeto, desses que amaldiçoam as estatísticas sociais e ninguém faz nada para reverter tal descalabro. Você já teve a curiosidade de contar quantos olhares na multidão existem no seu bairro, no centro da cidade, nas adjacências do viaduto mais próximo, ou mesmo no caminho habitual de seu trabalho, escola, igreja, academia de ginástica ou shopping center. Como seria a sensação de ver e padecer o pior dos pesadelos com o organismo plenamente acordado?

Todavia, se fosse uma mulher bonita, um homem esbelto, um casal apaixonado, uma família de mãos dadas, as pessoas olhariam para tais cenas sem cerimônia nem repugnância. Os mais carentes, inclusive, olhariam até demais, forjando automaticamente alguma fantasia ou deixando escapar pelos poros imperfeitos de sua mente algum pensamento mal contido de inveja. Mas a beleza também tem o seu avesso. Nem sempre aquilo que vemos é normal e aceitável. Há paisagens tristes: olhares na multidão.

Chegue um pouco mais perto. Os olhares deles não assustam nem um mosquito. Não soltam um único palavrão. Esses olhares querem ser vistos por você. Veja a pessoa humana que está atrás desses olhares e também na sua frente. Observe há quantas horas essa pessoa não bebe água, há quantos dias ela não tem uma alimentação digna, há quantas semanas ela não toma banho, há quantos meses ela não corta as unhas, há quantos anos ela deixou de viver; e agora apenas luta, com o restinho que sobrou de sua fé, para tentar sobreviver.

E se esses olhares fossem seus, o que você viria e o que você não viria? Talvez então você desejasse ficar cego para fugir pelo menos da amargura material de ver tanta gente passando por você e sequer te olhar, tampouco sorrir, e quase nunca fazer alguma coisa para te ajudar. Como se você fosse uma formiga que cresceu demais, foi expulsa da espécie animal, esqueceram de enterrar e não encontrou vaga neste mundo que se diz humano – embora qualquer turista civilizado de outros planetas deduziria o contrário.

MENSAGEM: Nossos Mundos Virtuais


RECEBI DE UMA AMIGA NO DIA 10/04/2008 ESTA TOCANTE MENSAGEM, QUE NOS FAZ REFLETIR SOBRE AS VIRTUALIDADES QUE COSTUMAM DOMINAR NOSSAS VIDAS E ANESTESIAR NOSSOS SENTIDOS PARA OS DRAMAS REAIS E COTIDIANOS DA SOCIEDADE. SEGUE O CONTEÚDO NA ÍNTEGRA:


Por favor leiam com atenção


Recebendo e Repassando.


Tenha o prazer de ler até o fim... (pense e opte também pelo número 1)


INÍCIO DA HISTÓRIA


Entrei apressado e com muita fome no restaurante.


Escolhi uma mesa bem afastada do movimento, pois queria aproveitar os poucos minutos de que dispunha naquele dia atribulado para comer e consertar alguns bugs de programação de um sistema que estava desenvolvendo, além de planejar minha viagem de férias, que há tempos não sei o que são.


Pedi um filé de salmão com alcaparras na manteiga,uma salada e um suco de laranja, pois afinal de contas fome é fome, mas regime é regime, né? Abri meu notebook e levei um susto com aquela voz baixinha atrás de mim:


-Tio, dá um trocado?

- Não tenho, menino.

- Só uma moedinha para comprar um pão.

- Está bem, compro um para você.


Para variar, minha caixa de entrada estava lotada de e-mails. Fico distraído vendo poesias, as formatações lindas, dando risadas com as piadas malucas. Ah! Essa música me leva a Londres e a boas lembranças de tempos idos.


- Tio, pede para colocar margarina e queijo também?


Percebo que o menino tinha ficado ali.


- OK, mas depois me deixe trabalhar, pois estou muito ocupado, tá?


Chega a minha refeição e junto com ela o meu constrangimento. Faço o pedido do menino, e o garçom me pergunta se quero que mande o garoto ir. Meus resquícios de consciência me impedem de dizer. Digo que está tudo bem.


- Deixe-o ficar. Traga o pão e mais uma refeição decente para ele.


Então o menino se sentou à minha frente e perguntou:


- Tio, o que está fazendo?

- Estou lendo uns e-mails.

- O que são e-mails?

- São mensagens eletrônicas mandadas por pessoas via Internet.


Sabia que ele não iria entender nada, mas a título de livrar-me de maiores questionários disse:


- É como se fosse uma carta, só que via Internet.

- Tio, você tem Internet?

- Tenho sim, é essencial no mundo de hoje.

- O que é Internet, tio?

- É um local no computador onde podemos ver e ouvir muitas coisas, notícias, músicas, conhecer pessoas, ler, escrever, sonhar, trabalhar, aprender. Tem tudo no mundo virtual.

- E o que é virtual, tio?


Resolvo dar uma explicação simplificada, novamente na certeza que ele pouco vai entender e vai me liberar para comer minha refeição, sem culpas.


- Virtual é um local que imaginamos, algo que não podemos pegar, tocar. É lá que criamos um monte de coisas que gostaríamos de fazer. Criamos nossas fantasias, transformamos o mundo em quase como queríamos que fosse.


- Legal isso. Gostei!

- Mocinho, você entendeu o que é virtual?

- Sim, tio, eu também vivo neste mundo virtual.

- Você tem computador?


- Não, mas meu mundo também é desse jeito... Virtual. Minha mãe fica todo dia fora, só chega muito tarde, quase não a vejo. Eu fico cuidando do meu irmão pequeno que vive chorando de fome, e eu dou água para ele pensar que é sopa. Minha irmã mais velha sai todo dia, diz que vai vender o corpo, mas eu não entendo, pois ela sempre volta com o corpo. Meu pai está na cadeia há muito tempo. Mas sempre imagino nossa família toda junta em casa, muita comida muitos brinquedos de Natal, e eu indo ao colégio para virar médico um dia. Isto não é virtual, tio?


Fechei meu notebook, não antes que as lágrimas caíssem sobre o teclado.


Esperei que o menino terminasse de literalmente 'devorar' o prato dele, paguei a conta e dei o troco para o garoto, que me retribuiu com um dos mais belos e sinceros sorrisos que eu já recebi na vida, e com um 'Brigado tio, você é legal!'. Ali, naquele instante, tive a maior prova do virtualismo insensato em que vivemos todos os dias, enquanto a realidade cruel rodeia de verdade, e fazemos de conta que não percebemos!


FIM DA HISTÓRIA


Você agora tem duas escolhas:

1 - Enviar esta mensagem aos amigos e amigas

2 - Apagá-la, fazendo de conta que não foi tocado por ela.

Como você pode ver, escolhi a nº 1.


Uma provocação

Para uma reflexão

E uma decisão

Não custa fazermos a nossa parte

Abraço

PENSAMENTOS: Frases Próprias (IV)

31. “Sorria, nem que seja para variar o trajeto de suas lágrimas”.

32. “Na poesia, o riso se faz leve e o imponderável destoa”.

33. “Seja quem você é: agora e sempre, com todas as pessoas e em todo lugar”.

34. “A televisão geralmente não passa de um circo cuja platéia não precisa pagar ingresso para assistir aos seus espetáculos sensacionalistas”.

35. “Diz-me com quem andas e eu te direi para onde irás”.

36. “O destino mesmo a gente só conhece quando se está dentro dele”.

37. “O que seria da realidade se não fossem os sonhos?”.

38. “Vontade sem ação é inércia. Ação sem vontade é alienação”.

39. “Sábio é aquela pessoa cuja humildade aumenta em proporção ao seu conhecimento”.

40. “Você decide: ou se afunda no abismo do fracasso ou voa firme para as alturas do sucesso”.