sábado, 24 de maio de 2008

MENSAGEM: Os Cegos e o Elefante


LIVRO: Safári de estratégia: um roteiro pela selva do planejamento estratégico.
AUTORES: Henry Mintzberg, Bruce Ahlstrand & Joseph Lampel.
EDITORA: Bookman, 2000.
(pág.12)

Eram seis homens do Hindustão
Inclinados para aprender muito,
Que foram ver o Elefante
(Embora todos fossem cegos)
Que cada um, por observação,
Poderia satisfazer sua mente.

O Primeiro aproximou-se do Elefante,
E aconteceu de chocar-se
Contra seu amplo e forte lado.
Imediatamente começou a gritar:
“Deus me abençoe, mas o Elefante
É semelhante a um muro”.

O Segundo, pegando na presa,
Gritou, “Oh! O que temos aqui
Tão redondo, liso e pontiagudo?
Para mim isto é muito claro
Esta maravilha de elefante
É muito semelhante a uma lança!”

O Terceiro aproximou-se do animal
E aconteceu de pegar
A sinuosa tromba com suas mãos.
Assim, falou em voz alta:
“Vejo”, disse ele, “o Elefante
É muito parecido com uma cobra!”

O Quarto esticou a mão, ansioso,
E apalpou em torno do joelho.
“Com o que este maravilhoso animal
Se parece é muito fácil”, disse ele:
“Está bem claro que o Elefante
É muito semelhante a uma árvore!”

O Quinto, por acaso, tocou a orelha,
E disse: “Até um cego
Pode dizer com o que ele se parece:
Negue quem puder,
Esta maravilha de Elefante
É muito parecido com um leque!”

O Sexto, mal havia começado
A apalpar o animal,
Pegou na cauda que balançava
E veio ao seu alcance.
“Vejo”, disse ele, “o Elefante
é muito semelhante a uma corda!”

E assim esses homens do Hindustão
Discutiram por muito tempo,
Cada um com sua opinião,
Excessivamente rígida e forte.
Embora cada um estivesse, em parte, certo,
Todos estavam errados!

AUTOR DA FÁBULA: John Godfrey Saxe (1816-1887).

3 comentários:

Wendel Cavalcante disse...

É...
Ouvi essa parábola há alguns dias atrás.
Talves tenha faltado a esses homens a capacidade de voltarem ao elefante e tocarem as outras partes que não foram tocadas.
Bela reflexão!
Um grande abraço e fica na PaZ!

PABLO ROBLES disse...

Verdade, amigo, cada parte tocada (desconectada do todo) nos trai, nos confunde, nos equivoca; é preciso girar a vista em todos os ângulos e dimensões para apreendermos uma noção mais completa e real das coisas. Forte abraço!

Anônimo disse...

Em Negociações Complexas, frequentemente encontro as partes divergentes entre si absolutamente corretas e igualmente erradas. Basta mudar o observador que o objeto observado muda simultaneamente. Assim, a negociação eficaz é aquela que elege os interesses distitos como o objeto negociado, se descola das pessoas e busca legitimar interesses, para nos instante seguintes estabelecer formas de satisfazê-los.