A CIRANDA DA POESIA INFANTIL
Lembras quando o sorriso era
espontâneo?
Quando o olhar era simplesmente
humano?
Quando nosso (con)viver não tinha um
plano?
Detalhes perdidos com o adultecer dos
anos...
Sua chegada ao mundo é um fenômeno
mágico.
Tudo se reencanta, as famílias se
redescobrem.
Pena que o espetáculo às vezes se
torna trágico.
As prioridades do casal nem sempre
coincidem.
Cada criança é uma esperança que se
lança
Para um mundo mal parido, cheio de
ameaça;
Onde as carreiras valem mais que os
valores
E os interesses predominam sobre os
amores.
Tempos de crises econômicas, morais,
afetivas...
Corações partidos naufragando em lares
desfeitos.
Partidos sem coração amamentando reles
prefeitos.
Precisamos fecundar e embalar outros
paradigmas!
Que exemplos estamos herdando aos
pequenos
Quando nos deixamos capturar pelas
redes sociais
E se hipnotizar por jogos decisivos e
novelas globais?
Os filhos, netos... estão ali; suplicando
afetos, acenos!
Pesquisamos mais o horóscopo
Do que o universo das crianças.
Apertamos mais o controle remoto
Do que as bochechas das crianças
presentes.
Consultamos mais as cotações das
bolsas
Do que as estatísticas das crianças
carentes.
De que adianta tanta tecnologia sem
poesia?
Tanta correria e competição sem
humanidade?
Salvem os mais jovens, que ousam
sonhar mais!
Protejam os mais velhos, antes que
fiquem pra trás!
Sobretudo, amem as crianças que já
vieram e que virão,
Curtindo e melhorando esta ciranda, de
geração em geração!
( POETA DO SOCIAL )
Poesia especial em homenagem ao Dia das Crianças 2012
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