sexta-feira, 12 de outubro de 2012

A Ciranda da Poesia Infantil


A CIRANDA DA POESIA INFANTIL

Lembras quando o sorriso era espontâneo?
Quando o olhar era simplesmente humano?
Quando nosso (con)viver não tinha um plano?
Detalhes perdidos com o adultecer dos anos...

Sua chegada ao mundo é um fenômeno mágico.
Tudo se reencanta, as famílias se redescobrem.
Pena que o espetáculo às vezes se torna trágico.
As prioridades do casal nem sempre coincidem.

Cada criança é uma esperança que se lança
Para um mundo mal parido, cheio de ameaça;
Onde as carreiras valem mais que os valores
E os interesses predominam sobre os amores.

Tempos de crises econômicas, morais, afetivas...
Corações partidos naufragando em lares desfeitos.
Partidos sem coração amamentando reles prefeitos.
Precisamos fecundar e embalar outros paradigmas!

Que exemplos estamos herdando aos pequenos
Quando nos deixamos capturar pelas redes sociais
E se hipnotizar por jogos decisivos e novelas globais?
Os filhos, netos... estão ali; suplicando afetos, acenos!

Pesquisamos mais o horóscopo
Do que o universo das crianças.

Apertamos mais o controle remoto
Do que as bochechas das crianças presentes.

Consultamos mais as cotações das bolsas
Do que as estatísticas das crianças carentes.

De que adianta tanta tecnologia sem poesia?
Tanta correria e competição sem humanidade?
Salvem os mais jovens, que ousam sonhar mais!
Protejam os mais velhos, antes que fiquem pra trás!
Sobretudo, amem as crianças que já vieram e que virão,
Curtindo e melhorando esta ciranda, de geração em geração!

( POETA DO SOCIAL )

Poesia especial em homenagem ao Dia das Crianças 2012

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