sábado, 8 de outubro de 2011

POESIA: O Silêncio Estratégico da Luz

O SILÊNCIO ESTRATÉGICO DA LUZ

E quando o silêncio é a melhor resposta?...
E a melhor pergunta é o ouvir sem pressa?
E quando o idioma do relógio não presta?...
E a falta de tempo se torna a pior conversa?

Existimos, mas nem sempre vivemos.
Pensamos, mas nem sempre sentimos.
Agimos, mas nem sempre sonhamos.
Prosamos, mas nem sempre poetizamos.

Muitas ideologias e poucas sinfonias.
Muitas promessas e poucas proezas.
Muitas crises e poucas esperanças.
Muitos perigos e poucas fortalezas.
Muitas energias e poucas mudanças.
Muitos caminhos e poucas certezas.
Muitas correrias e poucas danças.
Muitas nostalgias e poucas utopias.

A lágrima pede calma para salvar a alma.
A alma pede lágrima para manter a calma.
A calma pede alma para sublimar a lágrima.
Rotina nossa de cada dia, cadê a poesia???

A linha do horizonte (para onde) conduz?
O círculo da inércia projeta um sinal amarelo,
Mas nosso tropeço ainda não virou nó cego.
Algo nos esteriliza e já nos alerta, eis a verdade,
Mas há muita gravidez, recomeço, possibilidade:
A sombra do caos (ainda) é o descanso da luz...

( Pablo Robles - POETA DO SOCIAL )

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