Na bebida, tragar mais vida.
Na fumaça, ofuscar a desgraça.
O boêmio é um poeta em movimento,
Um farrista com leveza e sentimento.
O que seriam dos lares se não fossem os bares
Para sublimar as tristezas e festejar as alegrias?
No fundo de cada copo,
Borbulham-se esperanças
E dissolvem-se lembranças:
Metabolismos pueris e ignotos.
Bambas do samba chorando melodias
Que deixam emoções em corda bamba.
Entre batucadas, experiências vão e vêm,
Intensificando noites e transbordando dias.
No meio da multidão, entre olhares e risadas,
Mundos se embrulham e desembrulham,
Enlaçando amizades e abrindo possibilidades
Que se aprofundam ou viram ocas piadas.
A madrugada é o apogeu da vida de muitos...
Enquanto vigias cuidam de empresas fechadas,
Boêmios congestionam as esquinas das cidades
Embriagadas de mistérios, romances ou contos...
As relações tangidas pela rotina são precárias fachadas;
Aquelas regadas com humanidade pavimentam estradas.
( Poesia destinada às amigas e amigos com quem já boemizei e boemizarei no Benfica, onde moro há quase dois anos bem estudados e brindados )
quinta-feira, 14 de julho de 2011
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1 comentários:
adorei!! Para aguentar o peso do dia-a-dia é preciso alucinarmos a sensibilidade na boemia..rsrs
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