sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

O LIVRO INFINITO DA VIDA


O LIVRO INFINITO DA VIDA

O livro da vida nunca se fecha,
pois o universo nunca nos deixa.
Sempre há histórias para contar;
Mistérios e lições para partilhar;
Objetivos e sonhos para realizar;
Sementes e amores para desabrochar.

O tempo da evolução é infinito,
pois nenhuma dor cala nosso grito;
Sempre há mundos para percorrer;
Decisões e caminhos para escolher;
Erros e tristezas para esquecer;
Alegrias e oportunidades para renascer.

Na essência da gente, tudo é luz,
pois a sabedoria divina nos conduz.
Sempre há detalhes para descobrir;
Casais e crianças para sorrir;
Valores e diferenças para colorir;
Músicas e poesias para sentir.

O livro da vida nunca se fecha,
pois o universo nunca nos deixa.
O tempo da evolução é infinito,
pois nenhuma dor cala nosso grito;
Na essência da gente, tudo é luz,
pois a sabedoria divina nos conduz.

( Pablo Robles – POETA DO SOCIAL )

Poesia Especial em Homenagem ao Natal 2012 e Réveillon 2013

MENSAGEM DE FELIZ 2013: SUPERE-SE!


MENSAGEM DE FELIZ 2013: SUPERE-SE!


Nesse novo ano, não te desejo apenas saúde, paz e sucesso.
Também te desejo ousadia, sabedoria e aventura.

Ousadia para driblar a resistência dos medos e reencontrar o caminho dos sonhos. Sabedoria para descobrir, expandir e partilhar o melhor das pessoas, grupos e coletividades. Aventura para domesticar a rotina, aliviar as tensões e se reencantar com os detalhes cotidianos e imponderáveis da vida.

O mundo precisa da gente para ser mais justo. A gente precisa do mundo para ser mais solidária. Toda a gente pode mudar o mundo, a cada segundo, ainda que tal empreendimento seja algo esporádico, anônimo e imperceptível. Basta acreditar que você sempre poderá fazer a diferença para alguém, nem que seja para pelo menos uma pessoa a cada dia ou semana.

Se é verdade que precisamos de dinheiro para ter conforto material, não é menos verdade que precisamos de amor para ter equilíbrio espiritual. Não o amor mesquinho que privatiza emoções, mas o amor altruísta que democratiza solidariedades.

Ter um carro é bom, mas morar numa cidade segura é melhor ainda. Ter um celular potente aparenta modernidade, mas saber se comunicar com nossa essência é melhor ainda. Ter recursos sobrando para se esbaldar todo fim de semana é ótimo, mas ter energia colaborativa para ajudar os mais pobres, vulneráveis e desamparados é mil vezes melhor. Ter 100 livros, ostentar diploma universitário e falar 3 idiomas é excelente, mas virar as costas para as desigualdades sociais é um gesto tão ingrato quanto deprimente.

Nunca pense, diga e venda o discurso de que idealismo é besteira, pois graças a cientistas, filósofos, políticos, escritores, empresários e educadores “idealistas”, o mundo que orbita ao redor de nossos umbigos tem se tornado mais habitável, acessível e satisfatório a cada geração, apesar das crises, insustentabilidades e hipocrisias que rebaixam nossas possibilidades de ascensão coletiva e felicidade duradoura.

Portanto, transforme o ano que chega em uma ponte ilimitada para a realização de seus planos, desengavetando velhas ideias e explorando novas possibilidades, pois a vida perde seu sabor quando deixamos de saber para onde vamos e fugimos daquilo que queremos, sobretudo quando a mente e o coração estão em lua de mel e insistem em nos empurrar extraordinariamente para a frente.

Crie, ame, aprenda, sorria, ajude o próximo e sobretudo se reapaixone por você mesmo, fazendo de cada dia uma escola de superação, um festival de surpresas e uma coleção de conquistas.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

Viva o Mistério de Dezembro


VIVA O MISTÉRIO DE DEZEMBRO

Quem ganha e o que perdemos abreviando o ano? Como podemos fazer e curtir a retrospectiva de um ano que não terminou? Acesso portais de notícias e vejo uma avalanche de matérias querendo duelar com tempo, ignorando a cronologia de dezembro ou secundarizando os últimos acontecimentos que nos esperam em um ano que faz questão de acabar apenas no último dia, e não como querem os editoriais de final de ano.

Pois bem, se nos deixarmos levar por essa tendência devoradora do tempo, iremos ter uma imagem decepada do ano que passou, e de nós mesmos. Ou o mês de dezembro não tem importância para a história de nossas vidas, individuais e coletivas. Ou a história de nossas vidas tem dias muito pessoais e especiais que não merecem ser contabilizados nos balanços publicáveis do ano. Ou o ano mostra-se rachado em dois ciclos: o de janeiro a novembro; e o de dezembro, onde aparentemente nada acontece, já que não entra nas retrospectivas.

Se por um lado não podemos esquecer os bons e alegres momentos que já vivemos, por outro não podemos deixar de viver o calendário restante, irredutível e também único de cada ano. Não devemos brincar com tempo, moldando-o ao sabor das publicidades apressadas, da indústria do turismo desenraizado, das emoções enlatadas, do mercado cansado. Não entendo essa ejaculação precoce da mídia, ainda no começo de dezembro – uma mídia que se traveste de museu e que fica forçando a barra, fazendo das telas de computador retrovisores sem atrativos, pois inclusive é muito estranho semear as promessas do ano novo sem deixar de colher todas as lições do ano velho.

Viva o mês de dezembro, apesar das retrospectivas anuais quererem abortá-lo, saltá-lo ou enxugá-lo. Viva os dias maiores e melhores que qualquer calendário maquiado. Viva os capítulos que sequer foram convidados para as biografias civilizatórias. Viva a última quinzena do ano, maltratada como se fosse uma espécie de quinzena malparida de janeiro. Viva a era rebelde e enigmática dos finais de ano, que não se deixa enquadrar pela estática linear das cronologias nem se revelar pelas profecias tradicionais e corriqueiras do ano passado.

Viva a vida vivida sem grandes testemunhas e registros coletivos. Viva o não-vivido passivamente pelos outros. Viva os fatos inéditos e algumas vezes primordiais, cujas imagens não foram captadas e eventualmente distorcidas por terceiros. Enfim, viva o mistério de dezembro, em sua plenitude anônima, imponderável e inenarrável.